Nigéria: terroristas do Boko Haram atacam mais uma aldeia

16 de julho de 2014

Zenit

Mais uma aldeia da Nigéria foi atacada pelos islamistas da seita terrorista Boko Haram. "Foi um massacre. A aldeia foi arrasada, não se salvou nem sequer a igreja católica", informou o padre Timothy Cosmas, responsável pela Comissão Justiça e Paz na diocese de Maiduguri, em declarações a MISNA.

Os terroristas atacaram desta vez a aldeia de Dille, a 200 quilômetros ao sul de Maiduguri, uma das principais cidades do nordeste da Nigéria. O padre Timothy relata: "Eu tinha visitado a localidade poucos meses atrás e hoje falei com alguns paroquianos. Eles me falaram da chegada de um grupo de homens armados a bordo de camionetes e motocicletas, de casas incendiadas e rajadas de metralhadoras".

Segundo a rede CNN, a polícia nigeriana prendeu Zakari Mohammed, um dos líderes do grupo terrorista, acusado de envolvimento no assassinato de sete pessoas. O Ministério da Defesa publicou uma nota em que afirma que a operação apreendeu armas e prendeu outros membros do grupo, dispostos a colaborar com informação.

Desde 2009, mais de 500 católicos foram assassinados e 20 igrejas e casas paroquiais foram destruídas no nordeste da Nigéria pelos islamitas da seita Boko Haram. As autoridades nigerianas estimam que o grupo terrorista tenha assassinado nos últimos cinco anos cerca de 12 mil pessoas e ferido ao menos 8 mil.

O nome Boko Haram significa "A educação não-islâmica é pecado". Teoricamente, a "luta" do grupo extremista é contra a ocidentalização da educação na Nigéria. Eles pretenderiam atingir esse objetivo mediante a imposição da sharia, a lei islâmica.

No último dia 7 de julho, mais de sessenta mulheres sequestradas pelo Boko Haram conseguiram escapar e voltar para casa, aproveitando-se de um momento de combate entre os sequestradores e o exército nigeriano na região de Damboa. A pequena guarda que vigiava o cativeiro dormia no momento da fuga. Por outro lado, não se sabe praticamente nada sobre as 200 menores sequestradas desde o dia 14 de abril.

Fonte: www.zenit.org

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